Desde o dia 18 de fevereiro deste ano, os professores da rede municipal de Salvador estão em Campanha Salarial e vêm pressionando o executivo municipal para que inicie as negociações com a categoria. A pauta de reivindicações, apresentada pela APLB-Sindicato à prefeitura, contém sete itens, cujo principal deles é a exigência do pagamento do Piso Salarial Nacional do Magistério, conforme previsto na Lei Federal 11.738, de 2008. A lei, no entanto, não vem sendo cumprida pelo município há mais de uma década.
Atualmente, os docentes enfrentam uma defasagem salarial superior a 58%, ampliada ao longo das gestões dos prefeitos ACM Neto e Bruno Reis, que deixaram os educadores por anos sem qualquer reajuste salarial ou com correções muito aquém do necessário.
Um dos reflexos mais graves dessa política é o achatamento da tabela salarial: professores com especialização, de Nível I e II, recebem praticamente o mesmo salário que os docentes com menor formação, o que compromete o reconhecimento à qualificação e o incentivo à formação continuada.
Além da luta pela valorização salarial, a categoria também reivindica melhores condições de trabalho. Um dos principais problemas enfrentados nas escolas da capital baiana é a falta de climatização nas salas de aula. Em meio a altas temperaturas, professores e alunos têm enfrentado situações insustentáveis, com salas quentes que dificultam o processo de ensino-aprendizagem.
Ao longo da campanha, a APLB tem mobilizado a categoria por meio de paralisações, assembleias e manifestações de rua. Os professores estão em estado de greve e cobram do prefeito e do secretário de educação o atendimento à pauta de reivindicações. A próxima assembleia da categoria está marcada para terça-feira (15/04), às 9h, quando serão definidos os próximos passos do movimento.
