
Na manhã desta terça-feira (4/02), no auditório Clarice Pereira, em nossa sede, em Salvador, a APLB-Sindicato teve a honra de receber a Câmara Temática de Combate à LGBTfobia, um espaço criado pelo CELGBT – Conselho Estadual dos Direitos da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. A direção da APLB-Sindicato defende que encontros como esse são fundamentais não só para a reflexão sobre a violência contra a população LGBTQIAPN+ como pela importância da coleta de dados sobre essas agressões com o objetivo de fortalecer o combate e eliminar o preconceito.
A luta por uma educação inclusiva e respeitosa passa pelo compromisso com a diversidade. Por isso, por meio da Diretoria de Gênero e Diversidade, a APLB reafirma o compromisso com essa pauta, porque “educação também é um ato de resistência!”.
Além das diretoras da Pasta da Diretoria de Gênero e Diversidade Jhay Lopes (esta conselheira do CELGBT), Carla Oliveira, também esteve presente o coordenador-geral da APLB-Sindicato, o professor Rui Oliveira, a vice-coordenadora Marilene Betros, e a diretora Luzia Freitas.
Relatos emocionantes foram colocados no encontro, além da apresentação de dados e estatísticas da violência contra a população LGBTQIAPN+.
O encontro foi desenhado para se propor a escuta dos órgãos do sistema de Justiça sobre os dados que eventualmente estejam coletados nessas instituições. O Ministério Público da Bahia, a Secretaria de Segurança Pública e especificamente o Núcleo da Diversidade e a Delegacia de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa.
“Hoje, quando nós apresentamos e escutamos uns aos outros, nós observamos por quais seriam as possibilidades da gente trabalhar mais ou menos na mesma lógica de coleta de dados, da importância da gente fazer levar para as nossas instituições, como ajustar os nossos sistemas, para incluir, por exemplo, orientação sexual, identidade de gênero e sempre marcar. Como foi dito pela delegada Patrícia e pelo delegado Amorim, e por mim mesmo, nós precisamos, sempre que alguém que integra a comunidade LGBTQIAPN+, ao chegar na delegacia, ao relatar, que foi vítima de ameaça, que ela foi vítima de lesão corporal, que ela foi vítima de violência sexual, sempre estar sinalizado que foi por motivação LGBTfóbica e qual é a orientação sexual e identidade de gênero. Então, isso é crucial para a gente ter a noção da extensão da violência contra essa população”, destacou a promotora do MP-Ba, Márcia Teixeira.
A promotora Márcia, que também foi professora destaca ainda que “a educação é um espaço de práticas de violências, micro e macro violências, muito intensas.
Nós recebemos diversas denúncias relacionadas, tanto ao conteúdo pedagógico, que não tem uma abordagem esclarecedora para esses adolescentes, sobretudo para os adolescentes, o cuidado com aqueles que sofrem bullying, violências, por conta de integrar a comunidade LGBTQIAPN+, o cuidado, o pedagógico, com esses adolescentes e muitas vezes até com crianças para acompanhar e ter uma escuta. Chamar a família da vítima, daquelas crianças que estão agredindo, pedir ajuda do Conselho Municipal, Conselho Estadual e também dos professores”, reforça.
Compuseram a mesa de trabalho, Dra. Márcia Teixeira, Promotora MP BA; Dra. Patrícia Oliveira, Del. Polícia Civil/DECRIN; Dr. Ricardo Amorim, Del. Polícia Civil/DECRIN; Dra. Luise Reis, Advogada; Dr. Ives Bittencourt, Advogado/Presidente Comissão da Diversidade; e Dra. Amélia Maraux, Pesquisadora Cegres/ Diadorim/ UNEB.
Estaremos compartilhando aqui em breve os dados apresentados no encontro.